segunda-feira, 17 de junho de 2013

Análise de Conto.

Oi Pessoal,estou compartilhando com vocês uma situação de aprendizagem muito bacana para trabalhar contos.
Já trabalhei com os meus alunos e eles adoraram o conto.



O HOMEM QUE ENXERGAVA A MORTE.

Ricardo Azevedo

Era um homem pobre. Morava num casebre com a mulher e seis filhos pequenos. O homem vivia triste e inconfor­mado por ser tão miserável e não conseguir melhorar de vida.
Um dia, sua esposa sentiu um inchaço na barriga e des­cobriu que estava grávida de novo. Assim que o sétimo filho nasceu, o homem disse à mulher:
- Vou ver se acho alguém que queira ser padrinho de nosso filho.
Vestiu o casaco e saiu de casa com ar preocupado. Temia que ninguém quisesse ser padrinho da criança recém­-nascida. Arranjar padrinho para o sexto filho já tinha sido difícil. Quem ia querer ser compadre de um pé-rapado como ele?
E lá se foi o homem andando e pensando e quanto mais pensava mais andava inconformado e triste.
Mas ninguém consegue colocar rédeas no tempo.
O dia passou, o sol caiu na boca da noite e o homem ainda não tinha encontrado ninguém que aceitasse ser padri­nho de seu filho. Desanimado, voltava para casa, quando deu com uma figura curva, vestindo uma capa escura, apoiada numa bengala. A bengala era de osso.
- Se quiser, posso ser madrinha de seu filho - ofere­ceu-se a figura, com voz baixa.
- Quem é você? - perguntou o homem.
- Sou a Morte.
O homem não pensou duas vezes:
- Aceito. Você sempre foi justa e honesta, pois leva para o cemitério todas as pessoas, sejam elas ricas ou pobres. Sim - continuou ele com voz firme -, quero que seja minha comadre, madrinha de meu sétimo filho!
E assim foi. No dia combinado a Morte apareceu com sua capa escura e sua bengala de osso. O batismo foi reali­zado. Após a cerimônia, a Morte chamou o homem de lado.
- Fiquei muito feliz com seu convite - disse ela. - Já estou acostumada a ser maltratada. Em todos os lugares por onde ando as pessoas fogem de mim, falam mal de mim, me xingam e amaldiçoam. Essa gente não entende que não faço mais do que cumprir minha obrigação. Já imaginou se ninguém mais morresse no mundo? Não ia sobrar lugar para as crianças que iam nascer! Na verdade - confessou a Morte -, você é a primeira pessoa que me trata com gentileza e compreensão.
E disse mais:
- Quero retribuir tanta consideração. Pretendo ser uma ótima madrinha para seu filho.
A Morte declarou que para isso transformaria o pobre homem numa pessoa rica, famosa e poderosa.
- Só assim - completou ela -, você poderá criar, proteger e cuidar de meu afilhado.
O vulto explicou então que, a partir daquele dia, o homem seria um médico.
- Médico? Eu? - perguntou o sujeito, espantado. ­- Mas eu de medicina não entendo nada!
- Preste atenção - disse ela.
Mandou o homem voltar para casa e colocar uma placa dizendo-se médico. Daquele dia em diante, caso fosse cha­mado para examinar algum doente, se visse a figura dela, a figura da Morte, na cabeceira da cama, isso seria sinal de que a pessoa ia ficar boa.
- Em compensação - rosnou a Morte -, se me enxer­gar no pé da cama, pode ir chamando o coveiro, porque o doente logo, logo vai esticar as canelas.
A Morte esclareceu ainda que seria invisível para as outras pessoas.
- Daqui pra frente - concluiu a famigerada -, você vai ter o dom de conseguir enxergar a Morte cumprindo sua missão.
Dito e feito.
O homem colocou uma placa na frente de sua casa e logo apareceram as primeiras pessoas adoentadas.
O tempo passava correndo feito um rio que ninguém vê. Enquanto isso, sua fama de médico começou a crescer.
É que aquele médico não errava uma.
O doente podia estar muito mal e já desenganado. Se ele dizia que ia viver, dali a pouco o doente estava curado.
Em outros casos, às vezes a pessoa nem parecia muito enferma. O médico chegava, olhava, examinava, coçava o queixo e decretava:
- Não tem jeito!
E não tinha mesmo. Não demorava muito, a pessoa sen­tia-se mal, ficava pálida e batia as botas.
A fama do homem pobre que virou médico correu mundo. E com a fama veio a fortuna. Como muitas pessoas curadas costumavam pagar bem, o sujeito acabou ficando rico.
Mas o tempo é um trem que não sabe parar na estação.
O sétimo filho do homem, o afilhado da Morte, cresceu e tornou-se adulto.
Certa noite, bateram na porta da casa do médico. Dessa vez não era nenhum doente pedindo ajuda. Era uma figura curva, vestindo uma capa escura, apoiada numa bengala feita de osso. A figura falou em voz baixa:
- Caro compadre, tenho uma notícia triste: sua hora che­gou. Seu filho já é homem feito. Estou aqui para levar você.
O médico deu um pulo da cadeira.
- Mas como! - gritou. - Fui pobre e sofri muito. Agora que tenho uma profissão, ajudo tantas pessoas, tenho riqueza e fartura, você aparece pra me levar! Isso não é justo!
A Morte sorriu.
- Vá até o espelho e olhe para si mesmo - sugeriu. - Está velho. Seu tempo já passou.
Mas o médico não se conformava. E argumentou, e pediu, e suplicou tanto que a Morte resolveu conceder mais um pouquinho de tempo.
- Só porque somos compadres, só por ser madrinha de seu filho, vou lhe dar mais um ano de vida - disse ela antes de sumir na imensidão.
O velho médico continuou a atender gente doente pelo mundo afora.
Um dia, recebeu um chamado. Era urgente. Uma moça estava gravemente enferma. Disseram que seu estado era desesperador. O homem pegou a maleta e saiu correndo. Assim que entrou no quarto da menina enxergou, parada ao pé da cama, a figura sombria e invisível da Morte, pronta para dar o bote.
O médico sentou-se na beira da cama e examinou a moça. Era muito bonita e delicada. O homem sentiu pena. Uma pessoa tão jovem, com uma vida inteira pela frente, não podia morrer assim sem mais nem menos. "Isso está muito errado", pensou o médico, e tomou uma decisão. "Já estou velho, não tenho nada a perder. Pela primeira vez na vida vou ter que desafiar minha comadre." E rápido, de surpresa, antes que a Morte pudesse fazer qualquer coisa, deu um jeito de virar o corpo da menina na cama, de modo que a cabeça ficou no lugar dos pés e os pés foram parar do lado da cabeceira. Fez isso e berrou:
- Tenho certeza! Ela vai viver!
E não deu outra. Dali a pouco, a linda menina abriu os olhos e sorriu como se tivesse acordado de um sonho ruim.
A família da moça agradeceu e festejou. A Morte foi embora contrariada, e no dia seguinte apareceu na casa do médico.
- Que história é essa? Ontem você me enganou!
- Mas ela ainda era uma criança!
- E daí? Aquela moça estava marcada para morrer ­disse a Morte. - Você contrariou o destino. Agora vai pagar caro pelo que fez. Vou levar você no lugar dela!
O médico tentou negociar. Disse que queria viver mais um pouco.
- Nós combinamos um ano - argumentou ele.
- Nosso trato foi quebrado. Não quero saber de nada - respondeu a Morte. - Venha comigo!
- Lembre-se de que até hoje eu fui a única pessoa que tratou você com gentileza e consideração!
A Morte balançou a cabeça.
- Quer ver uma coisa? - perguntou ela.
E, num passe de mágica, transportou o médico para um lugar desconhecido e estranho. Era um salão imenso, cheio de velas acesas, de todas as qualidades, tipos e tamanhos.
- O que é isso? - quis saber o velho.
- Cada vela dessas corresponde à vida de uma pessoa - explicou a Morte. - As velas grandes, bem acesas, cheias de luz, são vidas que ainda vão durar muito. As pequenas são vidas que já estão chegando ao fim. Olhe a sua.
E mostrou um toquinho de vela, com a chama trêmula, quase apagando.
- Mas então minha vida está por um fio! - exclamou o homem assustado. - Quer dizer que tudo está perdido e não resta nenhuma esperança?
A Morte fez "sim" com a cabeça. Em seguida, trans­portou o médico de volta para casa.
- Tenho um último pedido a fazer - suplicou o homem, já enfraquecido, deitado na cama. - Antes de morrer,gostaria de rezar o Pai –Nosso.
A Morte concordou.
Mas o velho médico não ficou satisfeito.
- Quero que me prometa uma coisa. Jure de pé junto que só vai me levar embora depois que eu terminar a oração.
A Morte jurou e o homem começou a rezar:
- Pai-Nosso que...
Começou, parou e sorriu.
- Vamos lá, compadre - grunhiu a Morte. – Termine logo com isso que eu tenho mais o que fazer.
- Coisa nenhuma! - exclamou o médico saltando vito­rioso da cama. - Você jurou que só me levava quando eu terminasse de rezar. Pois bem, pretendo levar anos para acabar minha reza...
Ao perceber que tinha sido enganada mais uma vez, a Morte resolveu ir embora, mas antes fez uma ameaça:
- Deixa que eu pego você!
Dizem que aquele homem ainda durou muitos e muitos anos. Mas, um dia, viajando, deu com um corpo caído na estrada. O velho médico bem que tentou, mas não havia nada a fazer.
- Que tristeza! Morrer assim sozinho no meio do caminho!
Antes de enterrar o infeliz, o bom homem tirou o chapéu e rezou o Pai-Nosso.
Mal acabou de dizer amém, o morto abriu os olhos e sorriu. Era a Morte fingindo-se de morto.
 
- Agora você não me escapa!
Naquele exato instante, uma vela pequena, num lugar desconhecido e estranho, estremeceu e ficou sem luz.
 

Analisando o Conto.


 
O HOMEM QUE ENXERGAVA A MORTE
 
1-O que é um compadre? Procure o significado no dicionário se for preciso.
   2- Releia:
Quem ia querer ser compadre de um pé rapado como ele?
Por que o homem achava que ninguém queria ser compadre dele?
3-Releia o trecho e explique o sentido da expressão grifada.

4-O dia passou, o sol caiu na boca da noite e o homem ainda não tinha encontrado ninguém que aceitasse ser padrinho de seu filho.
                                             
5-Leia a descrição de uma das personagens do texto.
Desanimado, voltava para casa, quando deu com uma figura curva, vestindo uma capa escura apoiado numa bengala. A bengala era de osso.
a) Quem era essa personagem?

b) Qual a intenção do autor em descrever a personagem dessa forma?
 c) Retire do texto mais uma descrição dessa personagem.
5. Qual foi o presente que a Morte deu ao pai de seu afilhado?
6- O homem tenta enganar a Morte duas vezes. O que ele fez nas duas ocasiões?
7- Como a Morte consegue vencê-lo no final?
8- Releia o trecho e explique o que significa uma vela apagar-se nesse conto.
8-Naquele exato instante, uma vela pequena, num lugar desconhecido e estranho, estremeceu e ficou sem luz.
9- No final do conto a Morte diz ao homem:
— Agora você não me escapa!

a)Você concorda com essa afirmação? Por quê?
10- Quem você acha que foi mais esperto neste conto: a Morte ou o homem? Justifique a sua resposta.
11-Explique com suas palavras o que o autor quis dizer com as frases:
a-"Mas ninguém consegue colocar rédeas no tempo".
b-"tempo passava correndo feito um rio que ninguém vê".
c-"mas o tempo é um trem que não sabe parar na estação".
 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Manifesto a leitura

Situação de Aprendizagem...





Texto:  Avestruz

 Mário Prata.



Questões

1.     Você conhece um avestruz? Como ele é? Qual seu tamanho? (Oportunidade para pesquisar).

2.     Podemos ter qualquer animal em um apartamento? Por quê?


3.     Quais os personagens do texto? Descreva-os.

4.     No texto encontramos dados científicos? Quais são eles? Eles são explicados?


5.     Se você pudesse escolher um animal de estimação, qual seria? O que você entende por erros?

6.     Em que momento do texto o garoto desistiu de possuir um avestruz? E por quê?


7.     Você concorda que o avestruz foi um erro d natureza? O que você entende por erros?

8.     Quais são as diferenças entre a cidade de São Paulo onde reside o menino, e a cidade de Florianópolis, lugar em que o garoto conheceu a ave?


9.     Como podemos explicar a mudança da escolha do presente do menino? Foi uma troca justa?

10. Pense em um animal e descreva como você o imagina?








terça-feira, 11 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem : Gênero Crônica


SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Gênero “Crônica Narrativa”
Texto: Avestruz
Nesta Situação de Aprendizagem serão apresentados aos alunos o gênero textual “crônica” e suas principais características; além disso, serão retomados os elementos da narrativa, no entanto, o foco estará na percepção do foco narrativo e na compreensão/interpretação do texto pelos alunos. Espera-se que, ao final das atividades propostas, o aluno seja capaz de reconhecer o gênero em estudo, a narrativa com foco na 1ª. pessoa e que tenha compreendido o texto como um todo significativo.
Ano: 9º. Ano do Ensino Fundamental.
Tempo previsto: 06 aulas.
Conteúdos: conceituar o que é cronica; retomar os elementos da narrativa (com ênfase no foco narrativo); leitura do texto “Avestruz”, de Mario Prata; roteiro de perguntas e produção escrita.
Competências e habilidades: conhecer o gênero “crônica narrativa”, identificar os elementos narrativos (ênfase no foco narrativo); interpretar um texto pertencente ao gênero em estudo.
Estratégias: estudo do gênero e dos elementos da narrativa; leitura e interpretação do texto “Avestruz”; discussão com os alunos fazendo as devidas intervenções.
Recursos: uso de datashow para reprodução dos slides com o conteúdo das aulas e uso da sala de informática.
Avaliação:  debate em sala.

           Passo a passo do desenvolvimento da situação de aprendizagem
1º Passo: o professor apresenta aos alunos o plano de aula contendo o tema (assunto) a ser trabalhado durante a semana, os respectivos objetivos e o que será avaliado.
2º. Passo: para trabalhar o conceito de crônica, o professor, após pesquisa, entrega para os alunos (em grupos) exemplares de jornais e revistas e, em seguida, direciona os alunos para a leitura de um determinado texto, ou seja, uma crônica. Nessa etapa, o grupo pode eleger um representante, que, após a leitura com os colegas do grupo, lerá o texto para toda a sala. Espera-se com isso que os alunos obtenham as primeiras impressões a respeito do gênero textual em estudo. Durante a leitura, o professor pode fazer intervenções apontando os aspectos que julgar importante para as etapas seguintes. Por exemplo: O que os textos têm em comum? Trata-se de textos longos ou curtos? Eles são parecidos com outros gêneros textuais? E quanto à estrutura?...      
3º. Passo: Na sala de informática o professor apresenta o conceito de crônica e focalização dos aspectos presentes nos textos lidos de acordo com a definição adotada e os textos selecionados em conjunto pelo professor e os alunos.
 
4º passo: O professor irá mostra um breve relato sobre o animal avestrus:

Crônica :

·          
A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens.
Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.
O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.
  Como exposto acima, há vários motivos que levam os leitores a gostar das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:

• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado;
• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
• Linguagem simples.

Portanto, se você não gosta ou sente dificuldades de ler, a crônica é uma dica interessante, pois possui todos os requisitos necessários para tornar a leitura um hábito agradável!
Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola



O avestruz (Struthio camelus) é a maior ave que existe. Pertence a família Struthionidae. O avestruz tem as asas atrofiadas, por isso não voa. Porém, é um corredor de velocidade, atingindo facilmente os 65 km/h, em média, velocidade que pode ser bem maior se o vento for favorável ao deslocamento da ave.
O longo pescoço do avestruz, assim como suas longas pernas, tem cor rosada e são desprovidos de plumagens. As fêmeas são menores que os machos, chagando a 2m de altura, sendo que o macho atinge 2,7 de altura. O peso destas aves varia entre 90 e 130 kg. Os machos geralmente pesam mais que as fêmeas, podendo chegar aos 155 kg.
A plumagem dos avestruzes é muito macia e funciona como um isolante térmico. Possuem audição e visão bastante aguçadas podendo prever o perigo à distância. Em cada pata o avestruz tem dois dedos grandes, parecidos com cascos.
A fêmea da espécie apresenta plumagens pretas com a ponta das asas cinza, enquanto o macho possui igualmente as plumagens pretas, mas com a ponta das asas branca. Essa diferenciação externa do sexo de animais da mesma espécie é chamada de dimorfismo sexual, sendo que no caso do avestruz a mudança na cor das plumagens acontece quando a ave atinge um ano e meio de idade.
O sistema digestivo do avestruz é muito parecido com o dos ruminantes. Onívoras, alimentam-se de sementes, frutos, ervas, insetos, répteis, invertebrados e pequenos mamíferos. Eventualmente engolem algumas pedrinhas, pois como não possuem dentes, as pedrinhas, no papo, ajudam a esmagar os alimentos engolidos inteiros. Resistem bastante tempo sem água, somente com a umidade das plantas que come, embora gostem de água.
O avestruz é natural da África, onde vive nas savanas, em áreas de montanhas ou em planícies arenosas, adaptando-se a todas as condições com facilidade. Essa ave não é
migratória. Vivem em bandos que podem ter desde 5 a 50 indivíduos, sendo comum encontrar bandos de avestruzes entre manadas de ruminantes.
A maturidade sexual ocorre entre 2 e 4 anos, sendo que geralmente as fêmeas estão prontas para a reprodução 6 meses antes que machos da mesma ninhada. Após o acasalamento, as fêmeas põem os ovos  em ninhos comunitários, que são buracos no chão com profundidade entre 30 e 60 cm. Estes ninhos têm a capacidade de receber até 60 ovos. Cada ovo de avestruz tem aproximadamente 20 cm e pesa mais de 1 kg, chegando a 1,5 kg. As fêmeas são responsáveis por chocar os ovos durante o dia, e os machos os chocam durante a noite. Entre 35 e 45 dias depois, nascem os filhotes, em média com peso entre 0,8 e 1,2 kg. Aos 6 meses pesam 60 kg, pois crescem aproximadamente 30 cm por mês.
Existem 5 subespécies de avestruz, sendo que 3 delas são criadas comercialmente.

5º Passo: após esclarecer as possíveis dúvidas dos alunos, o professor propõe a leitura da crônica Avestruz do autor Mário Prata. No entanto, antes da leitura, o professor fala um pouco sobre a vida e obra do autor a fim de despertar nos alunos o interesse por outros textos e obras do autor em questão. O professor propõe que a primeira leitura seja individual e pede aos alunos para lerem quantas vezes acharem necessárias e pede, também, para que os mesmos registrem, caso seja necessário, os vocábulos e expressões não conhecidas.
5º. Passo: neste momento, o professor retoma o conceito de gênero e propõe aos alunos uma atividade de revisão dos elementos da narrativa, estudados em anos anteriores, porém presentes no texto lido. Para isso, o professor, a partir de um modelo explicativo, solicita aos alunos que preencham um quadro de informações que deverá ser corrigido e discutido em seguida.
 
Aspecto
História analisada
Foco narrativo
1ª. ou 3ª. pessoa?
Personagem
Quais são?
Enredo
Quais os principais acontecimentos da história, na sequência em que são apresentados?
Tempo
Quanto tempo a história parece apresentar? Há marcas da passagem do tempo no texto? Quais?
Espaço
O que sabemos sobre os espaços em que as personagens vivem as ações?


6º. Passo: após a correção/discussão da atividade anterior, o professor retoma a leitura do texto fazendo ele mesmo essa leitura. O objetivo agora é fazer com que os alunos percebam cada detalhe do texto (pontuação, entonação, sequência da narrativa...).O professor estimula os alunos a uma discussão com perguntas sobre o animal, fazendo perguntas .Você já viu essa animal pessoalmente? Daria pra criar esse animal em cãs ou apartamento? etc    
 7º Passo: O professor apresenta para os alunos um questionário com perguntas relacionadas ao texto. O objetivo aqui é fazer uma interpretação dos acontecimentos narrados e de seus personagens. Dessa forma perguntas como: Por que o garoto queria uma avestruz? Onde viviam as personagens da história? O que eles eram? etc. são necessárias para o objetivo proposto.
8º. Depois de explorar tais aspectos, o professor deve aprofundar os estudos na compreensão do texto. Percebe-se em sua construção que o autor faz uso da descrição e do humor para caracterizar a avestruz. Assim, o professor pode explorar a maneira como o autor descreveu o animal, quais as comparações feitas e se são os não verdadeiras, se são possíveis ou não. Seria interessante propor aos alunos uma pesquisa a respeito desse animal e seus hábitos.
9º. Em seguida, o professor pode explorar com os alunos por que o autor usou os termos “menopausa”, “TPM” e “gigolô” no texto. Uma vez que tais palavras causarão certa curiosidade aos alunos. É interessante fazer com que eles discutam e cheguem a uma ou mais conclusões. No entanto, o professor deve estar atento no direcionamento da discussão. Além dos termos mencionados, seria interessante perguntar aos alunos o porquê de o menino gostar e querer criar em casa animais tão distantes da realidade urbana? A produção de hipóteses expande as possibilidades de interpretação, o que torna o texto mais rico.
10. Por fim, o professor pede aos alunos que produzam um pequeno texto apontando seus comentários pessoais, impressões, expectativas e outras possibilidades de finalização para a história.

Bibliografia
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexão sobre uma experiência suíça (francófona). In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2010.
ROJO, R. H. R. (2002) A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: “Ler é melhor do que estudar”. In M. T. A. Freitas & S. R. Costa (orgs) Leitura e Escrita na Formação de Professores, PP.31-52. SP: Musa/ UFJF/INEP-COMPED.
Caderno do professor. Língua Portuguesa: ensino fundamental. 5ª. série. 1º. Bimestre/Eliane Aparecida Aguiar – São Paulo: SEE, 20